terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem tem (amor de) mãe, tem tudo









Estudo publicado no “Journal of Epidemiology and Community Health”:


"Saúde emocional na idade adulta depende do afecto materno

O carinho e o afecto materno dado à criança na infância têm um grande impacto no desenvolvimento da saúde mental e emocional na idade adulta, revela um artigo publicado no “Journal of Epidemiology and Community Health”.

Para este estudo, os investigadores da Duke University, nos EUA, acompanharam 482 crianças desde os oito meses de idade até estas terem atingido os 34 anos. Aos oito meses de idade, as crianças foram submetidas a testes para avaliação do seu desenvolvimento. Os resultados dos testes foram apresentados às mães, tendo também sido registadas as suas reacções aos mesmos.

Simultaneamente, a quantidade de afecto e atenção maternas foram igualmente avaliadas e classificadas em níveis que variavam entre o “negativo” e o “extravagante”. Posteriormente, a saúde mental dos participantes foi avaliada na idade adulta, quando estes tinham atingido, em média, os 34 anos de idade.

O estudo revelou que 10% das mães davam pouco afecto aos seus filhos, 85% davam afecto considerado “normal” e 6% davam demasiado afecto.

Os investigadores constataram que as crianças que tinham recebido mais afecto das mães aos oito meses de idade apresentavam, na idade adulta, menores níveis de stress, ansiedade e hostilidade. Pelo contrário, quanto menos afecto tinham recebido na infância maior eram os níveis de stress, ansiedade e hostilidade, os quais podem contribuir para uma instabilidade emocional e insegurança.

Os investigadores concluem que o afecto materno pode permitir e promover um desenvolvimento saudável das relações com os outros e das ligações emocionais, ajudando a criança a desenvolver capacidades sociais que são importantes para combater o stress e a ansiedade."

4 comentários:

  1. Perfeitamente de acordo com este estudo, aliás, já tinha feito esta constatação empiricamente.
    Daqui por uns anos, vamos poder ver como as crianças de hoje serão enquanto adultos e pais.

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  2. só tenho uma pergunta: o que é que no estudo foi considerado "demasiado afecto"? Será que é possivel dar-mos demasiado afecto aos nossos filhos? Como é que contabilizamos isso? Será X numero de beijinhos, Y numero de abraços, Z minutos ao colo? Alguém que me esclareça, se calhar estou a dar demasiado afecto ao meu filho e não sei!!!
    Tânia, mãe do João (10 meses)

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  3. mais uma grande responsabilidade nas 'mãos' das mães. é duro ser mãe e conseguir fazer tudo direitinho.

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  4. Na teoria parece ter lógica. Mas na prática, como se mede o afecto em termos práticos e objectivos?!

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